ESO
19/11/2018

Parte da Nebulosa da Roseta na constelação do Unicórnio. [1]
Esta imagem colorida mostra uma parte da Nebulosa da Roseta na constelação do Unicórnio. Trata-se de uma nebulosa de emissão, composta por nuvens de gás que brilham graças à luz emitida pelas estrelas em seu interior. A Nebulosa da Roseta é um exemplo típico de nebulosa de emissão — no entanto, típico não quer dizer sem graça! As nebulosas são uns dos objetos celestes mais bonitos, aparecendo de modo espetacular em imagens obtidas por telescópios astronômicos, como a que aqui apresentamos.

Neste tipo de nebulosas, o gás e a poeira combinam-se para formar uma nova geração de estrelas. Inicialmente, estas estrelas recém-formadas estão envoltas nas nuvens de poeira que lhes deram origem e não podem ser observadas na luz visível. No entanto, depois de algum tempo as estrelas “sopram” para o exterior o material mais denso e a sua luz ioniza o gás circundante, fazendo com que este brilhe intensamente. Todos estes elementos estão presentes nesta imagem: a mistura do gás resplandecente e da poeira escura é esculpida pela luz estelar em padrões complexos, tal como o fumaça em volta de uma fogueira.

Esta imagem foi obtida pelo instrumento FORS 2 montado no Very Large Telescope do ESO, instalado no inóspito deserto chileno do Atacama. O FORS 2 é um instrumento extremamente versátil que pode criar imagens de qualidade muito elevada, como a que aqui vemos. Ao mesmo tempo é também um espectrógrafo que separa a luz coletada num arco-íris de cores, dando aos astrônomos informação sobre a composição química dos objetos no Universo.

Esta imagem foi criada no âmbito do programa Joias Cósmicas do ESO, uma inciativa de divulgação que visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica. O programa utiliza tempo de telescópio que não pode ser usado em observações científicas. Todos os dados obtidos podem ter igualmente interesse científico e são por isso postos à disposição dos astrônomos através do arquivo científico do ESO.

[1] Crédito da imagem: ESO.

Como citar esta notícia científica: ESO. Nebulosa da Roseta. Saense. http://www.saense.com.br/2018/11/nebulosa-da-roseta/. Publicado em 19 de novembro (2018).

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