Claudio Macedo
17/12/2015
No trabalho, eles examinam o papel das alianças entre nações na prevenção das guerras e mostraram que, na ausência de comércio internacional, essas alianças são instáveis e não são capazes de assegurar a paz. Por outro lado, o comércio internacional induz a formação de alianças pacíficas e estáveis, fazendo com que os países fiquem menos vulneráveis, além de reduzir o interesse de um país atacar um aliado.
Eles apresentaram dados históricos sobre as guerras e o comércio internacional entre o início dos anos 1800 e o presente. A incidência de guerras entre países caiu drasticamente ao longo do tempo: o número de guerras por ano de 1950 a 2000 foi de aproximadamente um décimo do que foi de 1820 a 1949. Essa redução significativa na frequência de guerras correlaciona-se com uma forte expansão do comércio internacional e um aumento substancial no número de alianças estáveis entre países.
Os autores chamam a atenção, com propriedade, que deve haver uma participação relevante na redução dos conflitos por conta da chamada paz democrática: democracias raramente vão à guerra umas contra as outras. Após 1950, ocorreu um grande crescimento do número de países democráticos e esses países, justamente, tendem a ser muito ativos no comércio internacional.
[1] Crédito da imagem: OpenClipart-Vectors (Pixabay) / Creative Commons CC0. URL: https://pixabay.com/pt/anti-guerra-bomba-bombardeio-paz-155971/.
[2] MO Matthew and S Nei. Networks of military alliances, wars, and international trade. PNAS 112, 15277 (2015).
Como citar este artigo: Claudio Macedo. O comércio promove a paz? Saense. URL: http://www.saense.com.br/2015/12/o-comercio-promove-a-paz/. Publicado em 17 de dezembro (2015).
Muito interessante. Acredito que o Capitalismo ainda é o sistema econômico “menos ruim” já inventado pela espécie humana, desde que tenha o devido controle.
Parabéns pela matéria.
Obrigado Augusto. Abs.