Portal de Periódicos da CAPES
19/03/2019

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A National Geographic é reconhecida mundialmente pela qualidade em fotojornalismo e cartografia, oferecendo cobertura aprofundada de ciência, tecnologia, geografia, culturas, vida animal, meio ambiente e ecologia. Além disso, a publicação contém outros tipos de coberturas em diferentes áreas, disponibilizando conteúdo em texto, áudio, vídeo e recursos interativos. Um exemplo disso é o artigo recém-publicado Life is sweet: the sugar story. O periódico está acessível desde a primeira edição (de 1888) até o ano corrente para os usuários do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

O material define a cana-de-açúcar como a terceira safra mais valiosa do mundo, com mais de 66 milhões de acres de terras agrícolas dirigindo uma indústria que fornece aos consumidores americanos mais de 11 milhões de toneladas de açúcar por ano. Com a indicação de que um americano ingere mais de 70 gramas (17,5 colheres de chá) de açúcar por dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dá sinal de alerta e recomenda a redução do consumo.

Segundo o levantamento, o ser humano está “programado para amar o açúcar”. “Os instintos evolutivos de sobrevivência desencadeiam desejos por alimentos que o corpo precisa, como sal, gordura e açúcar. Para nossos ancestrais, o alto conteúdo de energia do açúcar era um salva-vidas quando a comida era escassa e havia competição com animais e insetos por frutas e outros alimentos”, descreve Jon Heggie, autor do artigo.  Para ele, os doces ajudaram a espécie humana a sobreviver e prosperar, mas por milhares de anos a ingestão foi moderada pela disponibilidade sazonal – até que a produção em massa inseriu definitivamente o item na dieta humana.

O artigo pontua a posição dos açúcares como principal fonte de energia do corpo, sua composição e o passo a passo desse composto ao longo dos anos, incluindo o momento em que passou a ser processado pela indústria, ofertando à sociedade versões artificiais. O texto traz ainda informações sobre quantidades ideais de consumo para adultos e crianças, pontuando a importância da deglutição exacerbada no aparecimento e agravamento de patologias.

“O metabolismo de todo mundo funciona de maneira diferente, mas a maioria de nós come mais açúcar do que precisa. O gosto é a principal tentação. Quando comemos açúcar, o cérebro libera dopamina e serotonina, hormônios do humor que estimulam a área do cérebro associada à recompensa. Em um processo semelhante ao vício em drogas, temos desejos de açúcar. No entanto, a corrida em busca de doces libera insulina e cria um ambiente no organismo que provoca mais desejos e um ciclo vicioso”, detalha um trecho do artigo. [2]

[1] Crédito da imagem: cegoh, Pixabay License. https://pixabay.com/photos/cakes-cream-delicious-confectionery-489849/.

[2] Esta notícia científica foi escrita por Alice Oliveira dos Santos.

Como citar esta notícia científica: Portal de Periódicos da CAPES. A vida é doce: a história do açúcar. Texto de Alice Oliveira dos Santos. Saense. https://saense.com.br/2019/03/a-vida-e-doce-a-historia-do-acucar/. Publicado em 19 de março (2019).