ESO
12/11/2019

Crédito: ESO/B. Tafreshi

Os telescópios do Observatório de La Silla do ESO, no Chile, têm por missão observar e estudar o vasto Universo — no entanto, há muitos fenômenos naturais interessantes muito mais perto de casa. Um exemplo é este halo angelical de 22 graus. Esta foto foi tirada no alto do remoto deserto de Atacama, mas tal visão pode ser observada durante todo o ano em todo o mundo.

Estes halos se formam quando a luz do Sol, ou da Lua, atravessa nuvens do tipo cirrus situadas na alta atmosfera terrestre. Os minúsculos cristais de gelo que compõem estas nuvens agem como prismas em miniatura, mudando a direção da luz que passa por eles (um fenômeno conhecido como refração). Os raios luminosos tendem a “se agrupar” no ângulo que representa o menor desvio do seu percurso original. Para a forma particular de cristal de gelo que se encontra no meio destas nuvens, o ângulo de desvio mínimo ocorre por volta de 22 graus, que é a razão pela qual vemos este halo de luz concentrada a uma distância correspondente a 22 graus da Lua.

telescópio de 3,6 metros  do ESO nos dá um primeiro plano muito adequado a esta cena angelical — é neste telescópio que está instalado o instrumento HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher). O HARPS foi um dos dois instrumentos do ESO que, em 2016, detectou o planeta com massa comparável à da Terra, Proxima b, que orbita em torno da estrela mais próxima do Sol que conhecemos.

Como citar esta notícia científica: ESO. 22 Graus de Beleza. Saense. https://saense.com.br/2019/11/22-graus-de-beleza/. Publicado em 12 de novembro (2019).

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