CCS/CAPES
26/01/2021

(Foto: Arquivo pessoal)

O uso de smartphones pode viabilizar testes mais baratos e rápidos que os RT-PCR, considerados padrão-ouro na detecção de vírus. A tecnologia viabilizou diagnósticos de SARS-CoV-2 (novo coronavírus), HIV, Zika e hepatites B e C em estudo da Harvard Medical School (EUA), com dois pesquisadores financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Todo o procedimento deve ser feito por um profissional da saúde, logo após a coleta do muco nasal. Uma pequena parte deste material é posta em um microchip, feito em uma máquina de corte a laser, de baixo custo. O equipamento, construído com elementos de biotecnologia e biologia sintética, reconhece o  vírus e emite um sinal que é captado pela câmera do celular. Um aplicativo, em desenvolvimento em Harvard, reconhece, a partir da  inteligência artificial, se a amostra é positiva ou negativa.

“A ideia é fornecer uma alternativa rápida ao teste laboratorial de referência, que é o RT-PCR nesse caso. O resultado variou entre 50 e 80 minutos para as infecções testadas nesses primeiros estudos. Como a única máquina envolvida é o celular, o custo diminui”, explica Luís Pacheco, professor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019, financiado pela CAPES, ele participou do Programa CAPES-Harvard de Professor/Pesquisador Visitante Júnior.

Na pesquisa, Pacheco teve a companhia de Filipe Sampaio, doutorando na UFBA, que passou 12 meses nos Estados Unidos com bolsa do Programa Institucional de Internacionalização (PrINT) da CAPES. Sampaio é aluno de Pacheco. 

Como citar este texto: CCS/CAPES. Telefones podem ser usados para diagnosticar vírus. Saense. https://saense.com.br/2021/01/telefones-podem-ser-usados-para-diagnosticar-virus/. Publicado em 26 de janeiro (2021).

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