ESO
04/08/2022
Esta semana destacamos uma imagem da galáxia em espiral NGC 4303, também conhecida por Messier 61, que é um dos maiores membros galácticos do Aglomerado da Virgem. Sendo denominada galáxia com formação estelar explosiva (starburst), tem uma quantidade incomumente alta de estrelas nascendo, e tem sido usada pelos astrônomos como laboratório para entender melhor os fascinantes fenômenos da formação estelar.
As estrelas se formam quando nuvens de gás frio colapsam. A radiação energética de estrelas recém nascidas vai aquecer e ionizar o restante gás. Assim, o gás ionizado resplandece, atuando como um farol da formação estelar em curso. Nesta imagem, que mais parece uma joia, o gás brilhante pode ser visto como um redemoinho de ouro: os traços diretos do nascimento das estrelas.
O brilho dourado resulta da combinação de observações obtidas, a diferentes comprimentos de onda da luz, com o instrumento MUSE (Multi-Unit Spectroscopic Explorer) montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO no Chile. Aqui, nuvens de gás compostas de hidrogênio, oxigênio e enxofre ionizados estão em azul, verde e vermelho, respectivamente. Estas observações foram obtidas como parte do projeto PHANGS (Physics at High Angular resolution in Nearby GalaxieS), cujo objetivo é observar galáxias próximas em todos os comprimentos de onda do espectro electromagnético.
[1] Crédito: ESO/PHANGS
Como citar este texto: ESO. A era de ouro do estudo da formação estelar. Saense. https://saense.com.br/2022/08/a-era-de-ouro-do-estudo-da-formacao-estelar/. Publicado em 04 de agosto (2022).