Embrapa
05/07/2022
Pesquisadores silvestres da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) estão usando espécies de mandioca para promover o melhoramento genético da raiz. Nessas variedades agrícolas pouco conhecidas, geralmente não comestíveis, são prospectados genes de interesse para uma produção agrícola relacionada a características agronomicamente interessantes como produtividade, resistência a doenças e maior teor de amido (característica demandada pela indústria).
O trabalho faz parte do chamado pré-melhoramento que visa identificar características de interesse úteis em acessos pouco adaptados às condições de solo e clima local e disponibilizar esses genes em genótipos mais adaptados, com boas características agronômicas, para que sejam inseridos no programa de melhoramento.
“As nossas plantas de ações de qualidade e propriedades pré-atributos, que são melhores para as características de importância agronômicas às plantas, como resistência a pragas e plantas de plantas de qualidade e propriedades, atributos de massas melhores à qualidade das raízes e propriedades de associados que são melhores às raízes atributos que cada amido possui e define como suas aplicações industriais”, explica o pesquisador Eder Jorge Oliveira , melhorista da Embrapa.
Duas décadas de pesquisa
20 anos atrás projeto Quase Colômbia pelo pesquisador Alfredo Augusto Cunha Alves em parceria com o International Center for Tropical Agriculture ( Ciat ), buscava descobrir o potencial de utilização das espécies silvestres de mandioca a resistência às principais pragas e doenças (estresses) bióticos como à tolerância à seca e à Estresse à síndrome pós-colheita. “Conseguimos confirmar que as espécies silvestres são fontes de genes que podem ser utilizadas no programa de melhoramento. Elas uma diversidade muito grande quando A nossa mandioca tem comercial”, contalves.
A coleção de espécies silvestres do gênero Manihot na unidade de pesquisa na Bahia começou em 2005, com sementes botânicas de várias espécies de gêneros selecionadas da Embrapa e Biotecnologia (DF) e expedições de coletas realizadas nas regiões da Semi e do Cerrado. Hoje são cerca de 60 mil sementes de 14 espécies de Manihot . “O gênero Manihot , que é o mesmo da mandioca comercial, tem 99 espécies. Os taxonomistas afirmam 75% da biodiversidade do gênero no Brasil. Portanto, somos o principal centro de origem dessas espécies”, continua.
“Para produzir cruzamentos entre as espécies comerciais com sementes híbridas, a semente tem de germinar, a planta tem de florescimento e novas sementes híbridas. No entanto, as variedades comerciais, normalmente, possuem uma baixa taxa de florescimento. Além disso, a flor feminina abre primeiro que a flor masculina, dificultando ainda mais a sincronização do florescimento. Daí a importância de estudos da mandioca comercial, que é o foco do Projeto de Melhoramento NextGen de estudos de flores para Eder Oliveira”, relata Alves.
Um exemplo é a espécie Manifolia , utilizada em cruzamentos com cultivares comerciais fornecidos à mosca-branca de cultivares à resistente . Consideradas pragas-chave para a cultura da mandioca, como moscas-brancas são insetos sugadores de seiva e, portanto, enfraquecem e prejudicam o desenvolvimento da planta, afetando a produção e a qualidade das raízes.
A Manihot flabellifolia e outras ocorrências no Brasil foram exaustivamente procurados pelo pesquisador Carlos Alberto da Silva Ledo , da Embrapa, e pelos professores e taxonomistas Márcio Lacerda Lopes Martins e Paulo Cézar Lemos de Carvalho , já aposentado, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia ( UFRB ) . A equipe fez expedições no Distrito Federal e em mais 14 estados da federação, com coletas e registros em mais de 300 pontos. “Com escrita de outros pesquisadores e na percepção visual da chuva e experiências dessas dificuldades, enfrentamos muitas horas de dificuldades, memórias e alagamentos”, recorda Ledo.
Parceria com o produtor
Desde o início dos anos, como aliado à pesquisa convencional, o programa usa uma metodologia participativa, e se tornou uma ferramenta eficiente para aumentar o nível de adoção e difusão das alternativas 10 envolvendo os métodos de adoção e a disseminação das alternativas 10 que envolvem os processos de adoção e difusão das alternativas 1. a sua incorporação pelos produtores e ampliando a diversidade genética de mandioca nas lavouras.
Recentemente, com a confidencialidade do país da importância do mundo, como parcerias com a instituição privada e de importância também incluída no CentroSul, especialmente para grandes produtores de homem e de importância, especialmente para o uso no CentroSul. O programa de alta qualidade nutricional vem com cultivares que se pós-produção de mandio com alto valor agregado e boa conservação de produtos com alto valor agregado, usado no processamento de produtos com alto valor agregado.
Contrariando o ditado “Casa de ferreiro, espeto de pau”, bem próximo à Embrapa Mandioca e Fruticultura existem duas destacadas agroindústrias de beneficiamento: a unidade de produção de beijus Dois Irmãos, na zona rural de Cruz das Almas, e a Associação Comunitária do Brinco ( Abrinco ), no município de Maragogipe.
Assim que passou a produzir os coloridos, o Programa da Silva com a aquisição de dois irmãos Joselito , passou a ser a estrutura física da Aquisição de Alimentos, José Carlos começou a fornecê-los para merenda escolar por meio do meio do processo de aquisição de alimentos ( PAA ) – além de vender em sua caixa no mercado municipal. Hoje, o empresário emprega 17 pessoas e vende cinco mil pacotes por semana para padarias, mercearias e supermercados do Recôncavo e Região Metropolitana de Salvador. “Trabalhamos de segunda às 7h às 12h e 13h das 17h, mas não chegará a dar conta da demanda. De pouco a pouco vamos ampliar”, relata.
Já a Abri explora outro nicho e tem uma lista diversificada de produtos com o Selo Agricultura Familiar: massa de aipim, aipim resfriado, aipim com goma de tapioca para beiju, tapioca granulada e farinha de mandioca. Depois de treinar sobre o processamento e Boas Práticas de Fabricação e no Laboratório de Ciência e Alimentos, a associação de tecnologia de treinamento para o Recôncavo e Lauro de Freitas, com potencial de aumentar para 40 t.
Conservação
O maior banco ativo de germoplasma (BAG) de mandioca do Brasil está na Unidade da Embrapa em Cruz das Almas (BA). São 1 acessos, únicos laboratórios, no campo (com dez plantas feitas para ter acesso a uma cópia desse germoplasma. Souza e equipe.
“O Brasil é signatário do Tratado Internacional de Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e Agricultura ( TIRFAA ), que possibilita que os países disponibilizem para outros países signatários de suas espécies nativas, ea mandioca foi o primeiro produto que o Brasil disponibilizou nesse tratamento”, explica o pesquisador Vanderlei da Silva Santos , melhorista e curador do BAG Mandioca. Esse intercâmbio é mediado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), que faz o envio in vitro do material solicitado.
Saberes tradicionais
Tentando preservar o saber é criado por gerações e que ainda apresenta nas diferentes regiões brasileiras, a Embrapa tem apoiado, também, famílias que usam a mandioca como principais ingredientes em receitas tradicionais e estes produtos originais, inventariados produtos e receitas ancestrais.
Na Embrapa Alimentos e Laboratórios (AL), pesquisadora Patrícia Bustamante do projeto “Bol das Alagoas”, que oferece técnicos-profis coordenados para o trabalho de boleiras e boleiros. “Pretendemos agregar valor a esse ofício e dizer que ele é um produto fundamental culturalmente. Estamos promovendo um patrimônio desse bolo que já é considerado um não só na região de Maceió como em todo o Nordeste. A ideia é trabalhar a autoestima das bolsas, promover capacitações, divulgar equipamentos mais adequados e ergonômicos, abordar socialmente, propor o melhor modelo para elas e, por último, inseridos em uma rede de turismo comunitário denominada Foodzcapes”, declara Bustamente, que é membro do Comitê Científico Consultivo do Programa Sistemas Engenhosos do Patrimônio Agrícola Mundial ( GIAHS ) da FAO.
O alagoano Genivaldo Santino de Oliveira, 65 anos, mora na comunidade Sítio Tapera, em Arapiraca (AL), e desde os sete trabalhos na roça. “Minha preocupação sempre foi o aproveitamento. Vivo como os índios, cuidando das raízes”, compara. Sua propriedade já experimentou com cultivares locais e da Embrapa por três anos, com acompanhamento de técnicos da Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento (UEP) da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE), quando se interessou pela BRS Aramaris.
Da mandioca plantada em meia tarefa, Genivaldo fabrica a farinha que vende diretamente na feira, criou dois filhos que estudam Zootecnia e Agronomia e, de vez em quando, ainda assa o beiju ‘chapéu de couro’, iguaria típica da região feita com goma de mandioca e coco e assada por baixo da farinha.
A presença da Embrapa é percebida também por representantes e representantes de associações, apoio à Indicação Geográfica (IG), que instituto ou serviços com características da região que os vincula à região de origem.
Fornecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial ( INPI ), como IGs têm sido associados a uma estrutura de cadeia produtiva na agricultura familiar. É o caso da farinha de Bragança — produzido nos municípios paraenses de Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu, que recebeu a IG em 2021 e teve apoio da Embrapa Amazônia Oriental (PA) —, da farinha de Uarini — produzido por ribeirinhos do Médio (AM), que obteve a IG em 19 com apoio da Empa Amazônia Ocidental (AC reconhecido), em 2017 e apoiado pela Embrapa Acre (AC). No Recôncavo Baiano, tem potencial de alcançar um IG a farinha artesanal do Vale do Copioba, localizado entre os municípios de Maragogipe, Nazaré e São Felipe.
Investimento em inovação
Embrapa criou, em 2013, Rede Reniva , um programa de multiplicação de vegetais biológicos, crioulas e modificadas ou modificadas por resistentes a doenças e altamente produtivas. Com foco no pequeno agricultor, a Rede contribui para a cadeia da cadeia da mandioca, proporciona sustentabilidade e durabilidade para a cultura e ajuda aos materiais tradicionais e crioulos e está maior em relação ao País.
Em outubro de 2002, o Programa de Inovação Aberta da Embrapa, e outros agentes do setor elaborados em desenvolver soluções tecnológicas por meio dos mecanismos de inovação aberta previstos no Marco Regulament de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). “O objetivo foi promover empresas privadas a apresentar suas ideias para novas tecnologias e desenvê-las em nossos chefes cientistas”, conta o pesquisador Francisco -adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura e coordenador do programa.
Das 13 propostas selecionadas, três ligadas diretamente aos produtores culturais: “Desenvolvimento de culturas orgânicas, tratos e alimentos organizados entre as famílias quilombolas” (Associação Bete II Revivência de Cultura Gricultura dos Campos, BA), “Desenvolvimento de Cruzamento do Sul, Acre” (Cooperativa de Produtores Rurais, Agricultores e Extrativistas do Juruá – Cooprafej, Juruá, AC) e “Tecnologia para o processamento produtivo de farinha de mandioca no estado do Maranhão” ( Agronomic Consulting , Água Doce do Maranhão e Araioses, MA ). [2]
[1] Foto: Léa Cunha
[2] Texto de Léa Cunha
Como citar este texto: Embrapa. Cientistas usam espécies silvestres no melhoramento genético da mandioca. Texto de Léa Cunha. Saense. https://saense.com.br/2022/07/cientistas-usam-especies-silvestres-no-melhoramento-genetico-da-mandioca/. Publicado em 05 de julho (2022).