ESO
30/01/2019
Pensa-se desde há muito tempo que os sistemas planetários têm a sua origem nos chamados discos protoplanetários — círculos, espirais ou elipses de gás e poeira, que se formam em torno de protoestrelas nas fases iniciais do seu desenvolvimento. No entanto, o processo pelo qual os planetas emergem destes discos difusos não é bem compreendido, tornando-se particularmente desafiante perceber as fases mais iniciais da sua evolução — quando a poeira no seio de um disco coalesce em planetesimais, dando origem a “sementes” de planetas.
Os astrônomos sabem que o primeiro estádio de crescimento de um planeta — de grãos individuais a um corpo com a dimensão de alguns quilômetros — deve acontecer rapidamente em termos astronômicos, no entanto a falta de dados observacionais não tem permitido compreender a física por detrás deste crescimento. Felizmente, este aspecto está mudando com a existência de novos telescópios, tais como o ALMA.
Eventualmente, os astrônomos esperam poder prever com precisão que tipo de sistema planetário evoluirá a partir de qualquer disco protoplanetário particular. O programa DSHARP faz-nos avançar em direção a este objetivo ao fornecer-nos uma vista detalhada das subestruturas (os vários padrões de círculos e espirais escuras e claras que podemos ver em cada disco) e ajudando-nos assim a compreender o seu significado.
[1] Crédito da imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), S. Andrews et al.; NRAO/AUI/NSF, S. Dagnello .
Como citar esta notícia científica: ESO. A perfeição de DSHARP no ALMA. Saense. http://www.saense.com.br/2019/01/a-perfeicao-de-dsharp-no-alma/. Publicado em 30 de janeiro (2019).