ESO
11/06/2019

Deserto chileno do Atacama. Crédito: Planet Labs Inc. (CC BY-SA 4.0)

Esta paisagem acidentada pode parecer Marte, mas se encontra de fato muito mais perto de nós — esta área de terreno enrugado se situa na região norte do deserto chileno do Atacama, local que acolhe muitos dos telescópios e observatórios de ponta do ESO.

A aparência distintamente alienígena do deserto não passou despercebida; esta região é na realidade usada como um “local análogo” a Marte! Os cientistas visitam o Atacama para estudar: a composição e textura do solo; semelhanças potenciais em geologia de superfície e estruturas; limitações a atividade biológica passada (incluindo se tais regiões poderão, ou poderiam anteriormente, ter abrigado vida extremófila); condições atmosféricas; aridez; entre outros. Talvez mais importante ainda, locais como o Atacama podem nos ajudar a preparar missões espaciais, tanto em progresso como em fase de planejamento, tripuladas ou não, ao nos fornecerem ambientes adequados para testar equipamentos, manobras e planos de missão.

Um pouco abaixo e à direita da imagem vemos um grupo de estruturas construídas pelo Homem — trata-se do Local de Apoio às Operações do ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), a maior infraestrutura terrestre que observa nos comprimentos de onda do milímetro e submilímetro (perfeita para observar as regiões mais frias do Universo). O ALMA se situa no planalto do Chajnantor a uma altitude de cerca de 5000 metros. O Local de Apoio às Operações é o “campo base” do ALMA, destinado aos astrônomos que visitam e trabalham na infraestrutura.

Como citar esta notícia científica: ESO. Marte na Terra. Saense. https://saense.com.br/2019/06/marte-na-terra/. Publicado em 11 de junho (2019).

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