UFRGS
10/08/2020

Fragmentos azul de microplásticos, imagem de estereomicroscópio. Foto: divulgação Lapace.

Ao observar pelo microscópio as cores, as formas e as texturas desses pequenos fragmentos, eles parecem dançar em meio à água. Reluzem como pedras preciosas sob um facho de luz e, para um leigo, podem parecer diamantes, rubis, esmeraldas, turquesas, ágatas. Os microplásticos presentes no Lago Guaíba são abundantes e preocupantes. Para os olhos treinados dos pesquisadores do Laboratório de Processos Ambientais e Contaminantes Emergentes (Lapace), vinculado ao Instituto de Química da UFRGS, esse material pode até parecer bonito, mas é um sinal de alerta de sua interferência negativa no ecossistema.

Presentes no ar, na água e até no sal, os microplásticos são pequenas partículas de plásticos que poluem o meio ambiente e podem medir de 0,001 mm a 5 mm. Eles são categorizados em duas fontes: de origem primária, em que há a produção intencional pela indústria; de origem secundária, quando a produção é não intencional e provocada, geralmente, pelos processos de intemperismo no meio ambiente, como degradação pela luz solar, por exemplo. “Os primários são aqueles confeccionados como microplásticos na origem, tais como microesferas presentes em sabonetes esfoliantes. Eles saem da indústria dessa maneira e chegam na natureza assim ou, ainda, transformam-se em nanoplásticos . Já os de fonte secundária são aqueles que chegam ao meio ambiente em um tamanho maior e, por ação solar e movimentação das águas, são fragmentados ao ponto de se transformarem em microplásticos”, explica Andreia Neves Fernandes, professora da UFRGS e coordenadora do Lapace.

Os estudos sobre a presença de microplásticos no ecossistema são recentes, iniciados no mundo nos anos 2000. O primeiro artigo publicado no Brasil sobre o assunto é de 2009, e, em Porto Alegre, a UFRGS é pioneira em tratar o tema de maneira científica. Em uma revisão de literatura realizada pelo Laboratório, foram encontradas apenas 81 publicações sobre microplásticos no país. Isso é alarmante, dado que o Brasil é o quarto produtor de plástico no mundo e recicla apenas 2% dele. Com uma coleta seletiva precária e alta produção do material, o grande volume de plástico acaba chegando aos rios e, consequentemente, aos oceanos.

A produção de plástico – comercializado desde a década de 1920 – teve um crescimento exponencial a partir da Segunda Guerra Mundial. Hoje, as imagens de animais morrendo em decorrência da presença desse material nas águas são corriqueiras, porém chocantes. Uma estimativa estatística recente, com base em informações da indústria, aponta que entre 1950 e 2015 foram produzidas 8,3 bilhões de toneladas de plásticos primário (virgem) e secundário (de material reciclado) no mundo. O plástico sozinho, porém, não é o vilão.

Microplástico encontrado na linha de maré no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Mostardas (RS). Foto: Derek Blaese de Amorim.

Guilherme Tavares Nunes, professor do Departamento Interdisciplinar no Campus do Litoral Norte da UFRGS e pesquisador no Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), avalia a contaminação de aves marinhas e costeiras por microplásticos no litoral do Rio Grande do Sul. Para ele, é importante não demonizar esse material, uma vez que está presente em quase todos os utensílios do nosso dia a dia. “Não podemos colocar esse grupo de materiais como o grande vilão da história, porque, ao fazer isso, acabamos transferindo uma responsabilidade que na verdade é nossa, enquanto espécie humana. O plástico sozinho não é o vilão, mas sim os nossos hábitos, atitudes e o destino que damos a esse material”, afirma o professor.

As estimativas apontam que 60% do plástico produzido no mundo até o momento foi descartado de forma inadequada na natureza. Boa parte dele é considerado de uso único: usado e jogado fora, como as sacolinhas de supermercado ou os copos descartáveis. “Eu diria que essa é a fatia mais importante de contaminação do meio ambiente”, frisa Guilherme.

Uma das linhas de pesquisa do Lapace busca, justamente, verificar a presença desse material no Lago Guaíba. A primeira coleta de microplásticos foi realizada em agosto de 2018, em que se observaram 9.519 partículas presentes na água. Desse montante, 82% eram fragmentos; 15%, fibras; e 3%, microesferas. Quanto às cores: 31,4% do material coletado era branco-transparente; 25,5%, vermelho; 15,8%, amarelo; e 15,6%, azul. Na amostra, havia também partículas verdes (9,4%) e pretas (2,4%). “Quando olhamos no microscópio, os microplásticos são lindos, reluzem, mas a realidade é bem diferente”, desabafa Crislaine Fabiana Bertoldi, doutoranda em Química e coordenadora desse estudo.

A tese de doutorado de Crislaine visa determinar a presença de microplásticos na água do principal manancial de abastecimento de Porto Alegre: o Lago Guaíba. O interesse pelo assunto é recente, tal qual os estudos sobre microplásticos no país: foi em 2017, em um congresso, que a doutoranda soube mais sobre esse intruso onipresente. Da primeira coleta pode-se dizer ainda que o padrão de material encontrado é o esperado. “Os polímeros predominantes na água do Guaíba são o polipropileno (55%) e o polietileno (43%), encontrados em praticamente tudo o que é plástico: sacolas de supermercado, frascos de xampu, celulares, computadores, sacos, canetas. Também confirmamos a presença de poliamida (um polímero utilizado na produção de roupas) e poliuretano (usado na espuma do colchão, por exemplo)”, enumera a pesquisadora.

Segundo Andreia, os achados do estudo corroboram a hipótese formulada pelas pesquisadoras: os microplásticos existem no Guaíba, “mas o que não imaginávamos é que teríamos uma alta concentração desse material logo na primeira amostragem. Os microplásticos são onipresentes, estão em tudo e têm uma dinâmica muito grande, podendo ser levados pelo ambiente atmosférico, pela drenagem fluvial. Outro ponto interessante dos nossos achados é que, em regiões com maior influência humana, há mais quantidade de microplásticos, ou seja, o humano é o principal fator de origem desse resíduo no Guaíba”, salienta ela.

Abordagem interdisciplinar na UFRGS

Presentes em tudo, os microplásticos são muito leves e acabam voando facilmente de um lugar para outro. As consequências da presença desse material no meio ambiente não se restringem aos animais: se trata de um impacto global, que chega a todos os níveis e ambientes. Por isso, Guilherme pesquisa esse “intruso” na ecologia marinha utilizando as aves como organismo-modelo.

A literatura tem apontado que, no Brasil, a maioria dos registros de contaminação de aves aquáticas está no mar. “Essa revisão mostrou que 92% dos estudos reportam contaminação por plástico em aves marinhas oceânicas, ou seja, mais uma vez isso não é uma surpresa, porque o mar é o destino natural do plástico. Assim, a nossa pesquisa foca a avaliação da contaminação por microplásticos nas espécies que não têm sido alvo de pesquisas nos últimos anos no país: aves costeiras no Sul do Brasil e aves marinhas que se reproduzem nas ilhas oceânicas brasileiras”, explica o professor.

Um estudo publicado em 2017 na revista científica Nature Communications diz que entram no mar entre 1,15 milhão e 2,41 milhões de toneladas de plástico por ano. Isso corresponde a uma quantidade entre 2184 kg e 4584 kg por minuto de lixo plástico chegando aos oceanos, segundo cálculos de Guilherme. Como a pesquisa está em fase inicial, ainda não foram analisados achados para além do óbvio:

“O que se vê em laboratório é que o plástico está ali porque é onipresente, está em todo lugar para onde se olha”.Guilherme Tavares Nunes.

Andreia e Guilherme pesquisam a interferência dos microplásticos em ambientes diferentes: nas águas e nas aves. A aproximação dos pesquisadores iniciou na banca de qualificação de doutorado de Crislaine e, agora, caminha para um trabalho colaborativo e interdisciplinar para investigar os microplásticos nessas duas esferas. “A interdisciplinaridade acontece quando especialistas de áreas diferentes conseguem construir uma pergunta de pesquisa em comum com o objetivo de respondê-la por meio de um trabalho conjunto, com cada um dando o seu melhor”, salienta Guilherme.

Esse movimento exige um esforço dos pesquisadores, que precisam sair da sua zona de conforto, reconhecer as suas limitações e as especialidades de outros colegas. No caso dos microplásticos, o Lapace entra com a expertise em análise química, e o Ceclimar, com a vocação e histórico voltados às ciências do mar. “Buscamos fazer um trabalho de excelência e interdisciplinar, e isso é possível porque temos profissionais de diversas especialidades dentro do nosso campus e da nossa Universidade”, frisa Guilherme.

Como é feita a coleta de amostra no Lago Guaíba

De 2018 até agora, os pesquisadores realizaram quatro coletas de águas superficiais em sete pontos ao longo do Guaíba. O primeiro deles foi na entrada dos tributários , e o último, em Ipanema. Em cada um desses locais, as pesquisadoras efetuam um trabalho totalmente braçal. Com o auxílio de uma embarcação, em cada ponto Crislaine usa uma rede cônica com furos de 60 micrômetros para coletar os microplásticos. Por dez minutos, em uma velocidade média de 3 km/hora, 35 m³ de água são filtrados pela rede. As pequenas partículas coletadas ficam armazenadas em um copo de 150 ml acoplado ao final da rede, e esse resíduo sólido é levado para o laboratório. Segundo Andreia, a coleta de microplásticos pode ser feita com balde ou com uma rede sendo arrastada por um barco.

Muita calma e paciência compõem o exercício de identificar os microplásticos nesse montante de resíduos que contém folhas, areia, barro, cabelo, grãos. “Como os microplásticos são partículas muito pequenas, menor que um grão de arroz, precisamos fazer várias etapas de separação para chegar ao nosso objeto de estudo”, explica Crislaine.

O material bruto passa por um primeiro filtro: manualmente, resíduos orgânicos como folhas e galhos são retirados. Depois, as pesquisadoras separam, peneiram e tratam quimicamente a amostra para eliminar matéria orgânica, e o plástico é separado do restante por densidade. Assim, o plástico boia, e o resto é descartado. “Após filtrar e secar, o material vai para o microscópio. Lá, fazemos uma identificação visual dos fragmentos de microplásticos, facilmente vistos porque são coloridos”, diz ela.

Expostos em uma membrana, os microplásticos são levados para o estereomicroscópio , e as partículas são contadas uma a uma. O equipamento, que aumenta em até dez vezes o tamanho do material (até 10 micrometros), auxilia na caracterização. As partículas maiores são contadas a olho nu, com a ajuda de uma pinça, e é possível identificar a forma, o tipo e a cor.

Em seguida, é feita uma caracterização química para certificar-se de que o material encontrado são realmente microplásticos. “Alguns deles eu consigo pegar com uma pinça e levar para um equipamento que faz a caracterização química e nos diz se é polietileno ou polipropileno. Com os mais de 9 mil microplásticos encontrados na amostra de 2018, fizemos uma escolha aleatória de várias partículas e levamos ao equipamento para caracterização química”, salienta a doutoranda.

Andreia pontua que a coleta de 2018 mostra a influência direta da densidade populacional do local sobre a concentração de microplásticos. “Os pontos de chegada dos rios Sinos e Gravataí foram os de maiores concentração de microplásticos, como o ponto próximo ao Porto/Gasômetro. Há uma diluição no Guaíba, e, na região mais ao sul de Porto Alegre e perto de Ipanema, temos um aumento, novamente, em decorrência da influência da forma geológica e da hidrologia do lago”.

Como é feita a pesquisa de microplásticos com aves

Os microplásticos podem ser um problema ainda maior que os macroplásticos para os animais, uma vez que liberam substâncias tóxicas. As mais conhecidas são os bisfenóis , que podem causar disfunções endócrinas, além de problemas cardíacos e hormonais em humanos, e também os retardantes de chama e estabilizadores de radiação ultravioleta, os quais se acumulam nos tecidos dos animais e, portanto, geram poluição química.

No Ceclimar, são desenvolvidos diversos estudos envolvendo os animais. A pesquisa de Guilherme sobre microplásticos tem investigado aves residentes do litoral gaúcho e também as aves migratórias que utilizam a costa do Rio Grande do Sul como área de alimentação no período não reprodutivo. De forma complementar às pesquisas já desenvolvidas, majoritariamente baseadas em carcaças, Guilherme coleta dados dos animais vivos. “A proposta do nosso grupo de estudo é trabalhar ao longo da costa brasileira – com os animais que ainda estão vivos, especialmente aqueles que não estão cobertos pela literatura científica no Brasil –, como também em alguns ambientes em que não se conhece praticamente nada sobre a contaminação com microplásticos”, explica ele.

As aves costeiras que estão no radar da pesquisa são as migratórias que vêm do Hemisfério Norte, como o maçarico-branco, o maçarico-de-sobre-branco, e o trinta-réis-boreal; e as aves residentes, como o talha-mar, o piru-piru e o pernilongo. A coleta de material de pesquisa com essas aves, que estão vivas, segue três métodos pela equipe no litoral do Rio Grande do Sul: 1) abordagem de bando monoespecífico na praia (durante a alimentação é identificado o bando e a espécie; em seguida os pesquisadores se aproximam para coletar as fezes); 2) abordagem no momento reprodutivo (durante o dia os pesquisadores identificam as áreas de reprodução na praia e retornam à noite, quando a ave permite a aproximação no ninho); 3) abordagem no Centro de Reabilitação do Ceclimar (acesso ao trato gastrointestinal em aves que acabam morrendo). “Todo o material é bem aproveitado, seja para a nossa pesquisa, para outros estudos que envolvem análises diversas, ou para repositório em coleções científicas”, explica Guilherme.

A era do plástico

Fragmentos de microplásticos, imagem de estereomicroscópio. Foto: divulgação Lapace.

Estamos vivendo na era do plástico. Um momento preocupante provocado por um material que veio para ajudar, mas que, por conta do descarte inadequado, tornou-se um problema para todas as espécies.

A produção mundial de matérias plásticas no ano de 2018 foi de 359 milhões de toneladas, montante que vai se somando ao plástico produzido anterior e atualmente, num efeito bola de neve. Isso faz com que a presença desse material seja notada em todos os lugares. “Se olharmos para o lado, tudo o que vemos é plástico. Vai ser difícil eliminá-lo da nossa vida, o que precisamos fazer é conscientizar as pessoas para usarem o mínimo possível, escolher sacolas reutilizáveis, não consumir canudinho, usar caneca e não copo plástico, conscientizar as crianças e reciclar mais”, alerta Andreia.

Dos achados da pesquisa sobre microplásticos no Lago Guaíba, um deles reforça que o plástico em contato com o meio ambiente não desaparece, e sim se acumula. Crislaine explica que 58% dos polímeros identificados “tinham um alto grau de envelhecimento. Isso diz que esses microplásticos que coletamos estavam no Guaíba há muito tempo. A tendência é que a concentração de microplásticos só aumente devido à chegada diária desse material nas águas”.

Por isso, o objetivo dessa pesquisa vai além de analisar a presença, pois busca conscientizar a população sobre a contaminação do Lago Guaíba e mostrar como isso prejudica a biota , os rios, os oceanos e a espécie humana, em especial essa última que utiliza esse manancial de água doce como abastecimento.

Pesquisas dessa natureza são fundamentais para conhecer o nível de contaminação provocada pelo plástico no ecossistema. Além do mais, as universidades públicas federais brasileiras têm a responsabilidade social como essência. Para os pesquisadores, o ser humano é o principal responsável pela presença desses microplásticos no Guaíba. “Queremos mostrar, justamente, o impacto que o descarte indevido está provocando na água de abastecimento público de Porto Alegre, em que o Guaíba é a principal fonte. O descaso da população com o manancial nos obriga a despertar entre as pessoas o perigo que isso traz para todos: animais e espécie humana”, diz Crislaine.

A captação dessa água vem para a nossa casa e, por mais que as estações de tratamento consigam remover boa parte dos contaminantes, existem compostos químicos adicionados durante a fabricação do plástico que se soltam facilmente na água, como é o caso dos corantes. “Além do dano físico que o plástico provoca no meio ambiente, temos a questão das substâncias químicas que são liberadas dentro do organismo dos animais, lembrando que nós consumimos os peixes”, alerta a doutoranda.

Reduzir, conscientizar e entender. A universidade vai além da pesquisa e busca tocar o consciente da população para um problema invisível, mas que está onipresente e trazendo consequências para todos.

“Se não tentarmos diminuir ou eliminar algumas coisas, vamos contribuir para o aumento da presença dos microplásticos no ambiente. As pesquisas são muito importantes no sentido de entender o que acontece realmente, verificar se é um problema gravíssimo e até que ponto precisamos aprofundar os estudos”.Andreia Neves Fernandes.

Crislaine faz questão de dizer que, particularmente, o seu objetivo com a pesquisa é conscientizar as pessoas sobre a separação, a coleta e a reciclagem desse material, porque os plásticos têm potencial para serem reciclados e se tornarem outros produtos. “É o que chamamos de economia circular: tudo que é produzido pode se transformar em outro produto depois”.

Para Guilherme, através da ciência se busca reunir informações, utilizar tecnologias e dar um retorno para a sociedade. “Tudo isso para mostrar que um dos nossos recursos mais valiosos, a Amazônia Azul, está sendo impactado pelas nossas atitudes diárias. Também estamos formando profissionais altamente qualificados e com um olhar interdisciplinar voltado para a solução dos mais diversos problemas, que é um dos pilares da universidade pública”.

Por meio de um projeto de extensão, crianças estão recebendo palestras para compreender o impacto da presença de resíduos plásticos no ecossistema. Até o momento, a equipe do Lapace realizou uma visita, em novembro de 2019, a uma escola na Praia da Solidão, em Mostardas (RS). A atividade precisou ser paralisada por conta da pandemia do novo coronavírus.

No Litoral Norte do Rio Grande do Sul, o Projeto de Extensão Aves da Praia busca promover a avifauna típica do ambiente costeiro, ao mesmo tempo em que aborda a temática da poluição por plástico no ambiente marinho. As atividades, realizadas ao longo de um mês com cada escola, são voltadas para todos os públicos e contam com a participação dos estudantes de graduação do curso de Biologia Marinha. Para os encontros, estão previstas ações de observação de aves na praia e no Ceclimar, coleta e triagem de lixo na praia, mostrando a importância da educação ambiental e da coleta seletiva.

Acompanhe informações sobre o Projeto Aves da Praia em @avesdapraia.

Lapace

O Laboratório dedica-se a pesquisas em duas áreas principais: contaminantes emergentes e microplásticos. Nesta segunda, atua nas linhas de interações desses microplásticos com os contaminantes emergentes, como cafeína, fármacos; e no preparo de materiais para tratamento e remoção desses contaminantes em matrizes aquosas.

O Lapace também tem parceria com o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA) em uma pesquisa que visa fazer a determinação de microplásticos em todo Brasil em conjunto com cientistas de outras universidades.

Acompanhe informações sobre o Lapace em @lapace.ufrgs.

MAIS

Os achados da pesquisa sobre microplásticos no Lago Guaíba foram submetidos para publicação em revista científica e aguarda aprovação. Agora, a equipe de pesquisadoras iniciou um estudo com coletas mensais no Guaíba, de julho de 2020 a julho de 2021, com o objetivo de avaliar a influência dos processos hidrológicos (chuvas) e os efeitos da pandemia na distribuição e presença dos microplásticos no lago.

A pesquisa de Guilherme, que avalia a contaminação de aves costeiras por microplásticos no litoral do Rio Grande do Sul, conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

Acesse o artigo publicado, em julho de 2017, pela revista Science Advances, do qual foram extraídos os dados aqui mencionados: Production, use, and fate of all plastics ever made.

O estudo de Lebreton et al. (2017) afirma que entram no mar entre 1,15 milhão e 2,41 milhões de toneladas de plástico por ano. Já o artigo de Jambeck et al. (2015) menciona uma quantidade do material entre 4 milhões e 8 milhões de toneladas anuais.

Saiba mais sobre o assunto lendo a reportagem da Revista Pesquisa FapespA ameaça dos microplásticos. [1]

[1] Texto de Nicole Trevisol.

Como citar esta notícia científica: UFRGS. Microplásticos estão onipresentes no meio ambiente. Texto de Nicole Trevisol. Saense. https://saense.com.br/2020/08/microplasticos-estao-onipresentes-no-meio-ambiente/. Publicado em 10 de agosto (2020).

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