ESO
09/10/2018
CK Vulpeculae foi observado pela primeira vez a 20 de Junho de 1670 pelo monge e astrônomo francês Frei Dom Anthelme. Quando apareceu pela primeira vez no céu era facilmente visível a olho nu; nos dois anos seguintes foi variando em brilho desaparecendo e aparecendo mais duas vezes, antes de finalmente desaparecer de vista para sempre.
Durante o século XX, os astrônomos compreenderam que a maioria das novas podia ser explicada pelo comportamento explosivo e interação de duas estrelas próximas, pertencentes a um sistema binário. As estruturas que vemos em torno de CK Vulpeculae não parecem ajustar muito bem este modelo, o que surpreendeu os astrônomos durante muitos anos.
A parte central do resto foi agora estudado com muito detalhe com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Esta imagem mostra a melhor imagem deste objeto já obtida e traça a poeira cósmica e emissão no meio e em torno da CK Vulpeculae, revelando assim a sua estrutura intrincada. CK Vulpeculae abriga um disco de poeira distorcido no seu centro e jatos de gás que indicam que existirá algum tipo de sistema central que “empurra” o material para o exterior. Estas novas observações são as primeiras que explicam este sistema, sugerindo uma solução para um mistério de 348 anos.
[1] Crédito da imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/S. P. S. Eyres.
Como citar esta notícia científica: ESO. CK Vulpeculae: um mistério desde 1670. Saense. http://www.saense.com.br/2018/10/ck-vulpeculae-um-misterio-desde-1670/. Publicado em 09 de outubro (2018).