SBF
22/02/2019
Nas teorias mais comuns da física, as partículas elementares são descritas como pontos no espaço. Assim, no espaço-tempo, um gráfico apresentando a evolução do movimento dessa partícula ao longo do tempo desenha uma linha. A teoria das cordas, porém, afirma que as partículas elementares vistas de muito perto não são pontos, mas sim pequenas linhas fechadas, formando uma circunferência, por exemplo. No espaço-tempo, esse círculo dá origem a um tubo. Até agora, os pesquisadores consideravam matematicamente impossível descrever todas as possibilidades com que um ou mais tubos se unem ou se dividem no espaço-tempo, representando todas as possíveis interações uma ou mais cordas.
No vídeo, Pedro Vieira, físico do Instituto de Física Teórica da UNESP e do Instituto Sul-Americano de Pesquisa Fundamental (SAIFR – ICTP), em São Paulo, e do Instituto Perimeter de Física Teórica, no Canadá, explica como várias situações de cordas interagindo no espaço-tempo podem ser entendias como combinações de hexágonos. Vieira e seus colegas conseguiram comprovar sua hipótese ao menos para teorias de cordas simplificadas, como mostram em artigo publicado em dezembro passado na Physical Review Letters. [2]
[1] Crédito da imagem: T Bargheer et al. Handling Handles: Nonplanar Integrability in N=4Supersymmetric Yang-Mills Theory. Phys Rev Lett 10.1103/PhysRevLett.121.231602 (2018), CC BY 4.0.
[2]. Este trabalho foi descrito no artigo científico: “Handling Handles: Nonplanar Integrability in N=4Supersymmetric Yang-Mills Theory” de Till Bargheer, João Caetano, Thiago Fleury, Shota Komatsu, and Pedro Vieira. Phys Rev Lett 121, 231602 (2018). [ArXiv:1711.05326 e ArXiv:1809.09145].
Como citar esta notícia científica: SBF. Hexágonos ajudam a entender teoria das cordas. Saense. http://saense.com.br/2019/02/hexagonos-ajudam-a-entender-teoria-das-cordas/. Publicado em 22 de fevereiro (2019).