Jornal UFG
23/02/2021
Ítalo Camilo S. Nogueira*
A Educação no Brasil vem passando por sérias dificuldades, onde uma grande parcela da população não detém uma educação de qualidade que prima o crescimento pessoal, profissional e seu acompanhamento frente às exigências do mundo do trabalho. Falo isso mais exatamente da Educação Primária, ou seja, aquela que dá base ao aluno para a sua formação. Isso porque existem um conjunto de situações que chegaram ao estopim como escolas sucateadas, professores desvalorizados, em nível de carreira e de salário, métodos pedagógicos atrasados, ambiente de aprendizagem, problemas de gestão, bem como vários outros problemas que causam déficit na educação.
Por outro lado, existem fatores que interferem positivamente e/ou negativamente dependendo da ótica, bem como por dois motivos aparentes: de um lado o estado que procura trabalhar com a educação e o conhecimento, claro que com as ferramentas existentes e, com certeza, podendo fazer mais, e do outro lado a sociedade em questão que têm o direito de se qualificar, de aprender e de conhecer, como estabelece com muita propriedade os pilares da educação em suas diferentes e distintas formas.
Estas diferentes formas estão relacionadas aos variados tipos de ensino como: ensino seriado, supletivo, EJA – Educação de Jovens e Adultos, ensino técnico, qualificações técnicas, educação superior, educação tecnológica, etc, ou seja, diferentes situações de ensino
e que muitas vezes e quase sempre não são valoradas em sua essência desde sua base. O estado não faz valer o que de fato é o mais importante, afinal, o que seria da economia, saúde, política, segurança se não fosse a Educação.
Já dizia Paulo Freire, que não há educação se não existir diálogo, respeito, ética, transparência, troca, conhecimento adquirido e muita informação. Afinal o que somos sem conhecimento e informação? É valido ressaltar que segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em média 65% dos brasileiros têm acesso direto ao conhecimento e a informação em seus diferentes níveis e não procuram como deveriam. Agora fica a pergunta. Por que não procuram? Por que não estabelecem um elo com a educação em suas diferentes esferas? E o mercado de trabalho, assimila tudo isso? Exige? Compartilha? Cobra do profissional? E o Estado? Faz a sua parte como deveria fazer?
Que caminho ou que atitude tomar? Todas estas incógnitas ficam como exemplo em referência a sociedade que necessitam uma busca constante em: conhecer e se aprimorar, pois caso contrário estará vivendo num processo de encasulamento, ou seja, estagnado e parado no tempo e que com certeza estará alheio às mudanças e às exigências frente às intempéries do mercado.
* Italo Camilo da S. Nogueira é professor efetivo da Universidade Federal de Goiás, é graduado em Administração de Empresas, Pós graduado em Gestão em Marketing pela UFRJ e em Gestão Educacional pela Faculdade Senac, Mestre em Administração Pública e Doutor em Tecnologia Ambiental. E-mail: italocamilo@ufg.br
Como citar este artigo: Jornal UFG. Educar para Mudar. Texto de Ítalo Camilo S. Nogueira. Saense. https://saense.com.br/2021/02/educar-para-mudar/. Publicado em 23 de fevereiro (2021).